Fernando Amorim / Agência A Tarde
Com atraso na obra, local já acumula lixo e entulho
Clarissa Borges, do A TARDE On Line
O que poderia ser a simples construção de uma praça na entrada da Rua Leopoldo Miguez, no Stiep, parece mais uma novela dada a dificuldade para conclusão da obra. Pelo menos para os moradores e comerciantes da área, uma novela que parece não ter fim. Projetada em 2003 e publicada no Diário Oficial a cada ano desde então, a construção da praça só foi iniciada em novembro de 2007 e, desde lá, interrompida duas vezes, a última no dia 6 de junho.O projeto da praça é da Fundação Mário Leal Ferreira, vinculada à Secretaria de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente. Segundo o presidente da entidade, Fernando Vita, a interrupção da obra foi responsabilidade da empresa que a “adotou” – a Construtora Segura.De acordo com Vita, a empresa garantiu a retomada da construção ainda esta semana. Já o engenheiro Leonardo Caldas, representante da construtora, diz que a obra parou porque a empresa não teria recebido o projeto estrutural para a construção. Mas, mesmo assim, também estima o prazo de uma semana para dar continuidade ao trabalho.A “adoção” foi feita por meio do Programa Nossa Praça, da Superintendência de Parques e Jardins (SPJ). O convênio prevê parcerias com empresas privadas para construção e/ou manutenção de espaços públicos na cidade.Enquanto a questão não se resolve, a população reclama. De acordo com a vendedora Edmisse de Lima Santos, que trabalha em frente à futura praça, depois que os trabalhadores interromperam as atividades, em junho, não se viu nem sinal da construção. “Teve uma obra mais à frente, e pensamos que iam retomar aqui também, mas nada”, revela. Segundo o coordenador de comunicação da Federação das Associações de Bairro de Salvador, Hendrik Aquino, a comunidade ameaçou pagar o IPTU de 2008 em juízo e a obra foi retomada no início do ano. “Mas exatamente quando passou o período do pagamento do imposto, a Prefeitura simplesmente abandonou a obra”, acusa. Segundo ele, a obra foi orçada em R$ 340 mil e incluída no chamado orçamento participativo, sistema em que a própria comunidade decide onde serão empregados os recursos municipais. Após 81 dias de paralisação, a área já ganha ares de abandono, como o acúmulo do entulho deixado no local. Além de não ter a praça, a comunidade ganhou mais uma preocupação. “Nós imaginamos que ia melhorar com essa praça aqui, ia ficar até mais claro para quem chega tarde, mas agora o pessoal já começou a jogar até lixo, está aí abandonada”, critica Edmisse.
fonte: www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=946467
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